Entre cliques e portas abertas: o novo desafio do comércio em Rondônia
- Vanessa Mafra - SIC TV
- há 6 horas
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Empreendedores locais equilibram tradição e tecnologia para seguir competitivos em um mercado em transformação
Por Juliana Garcez

Mesmo com o avanço do comércio digital, empreendedores locais apostam na adaptação e na resiliência para manter as portas abertas. Em 2020, a pandemia virou o comércio de cabeça para baixo: vitrines se fecharam, ruas ficaram vazias e o clique passou a valer mais.
O e-commerce mudou de vez a forma de comprar e vender. Muitos lojistas se reinventaram, investindo em vendas online e entregas rápidas para não desaparecer.

A praticidade, os preços baixos e a entrega veloz transformaram o comportamento do consumidor, que hoje compra sem sair de casa.
O impacto foi direto nas lojas físicas, que buscam novas formas de atrair clientes e oferecer experiências que o digital não substitui.
“É mais prático comprar online”, diz a cabeleireira Vilma Missias. Segundo a Junta Comercial de Rondônia (JUCER), mais de 25 mil empresas foram abertas até setembro de 2025, um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. O número mostra que o empreendedor rondoniense segue se adaptando.
Os setores que mais se destacam são serviços, com 68% das novas empresas, e comércio, com 23%. Entre as áreas mais procuradas estão vestuário, beleza, alimentação, transporte e obras de alvenaria, reflexo de um perfil prático e criativo.

“O comércio vive um dos momentos mais desafiadores. O bolso do consumidor está apertado, e a concorrência com o digital é dura”, explica Lorran Rodrigues, da ACEP.
Para o economista Otacílio Moreira, o segredo está em se reinventar: “Quem não se adaptar, vai ficar para trás, já que o cliente vive entre o físico e o digital.”

As lojas que unem redes sociais, delivery e atendimento online estão colhendo os melhores resultados. “Temos a loja física e também a online. O cliente escolhe como quer ser atendido”, conta a lojista Gabriela Kuriyama.
Apesar dos avanços, o comércio eletrônico deixou marcas profundas. Calçadas menos movimentadas e vitrines apagadas lembram um tempo em que o comércio local era o coração da cidade.






